Conheça Collodi e o Parque do Pinóquio, fica próximo a Pistoia e é uma viagem na história do boneco símbolo da Toscana.
A HISTÓRIA DE PINÓQUIO
Carlo Collodi, o pseudônimo de Carlos Lorenzini (1826-1890), autor e jornalista italiano, mais conhecido como o criador do Pinóquio, o menino-boneco de madeira que veio à vida. Seu nariz crescia quando ele dizia uma mentira e voltava ao tamanho normal quando dizia uma verdade.
Collodi é o nome do pequeno vilarejo na Toscana onde a mãe de Carlo nasceu. Já ele, nasceu em Florença. Ele começou a sua carreira como jornalista, no jornal satírico Il Lampione, mas o governo o fechou.
Em 1880, Carlo escreveu uma série para o Giornale del Bambino, um periódico para crianças, dentro do Jornal Il Fanfulla, . A seria se chamava História de um boneco, e depois renomeada. Ela teria feito Carlo um milionário, se ele tivesse sobrevivido para explorar os direitos autorais. Em 1883, devido ao sucesso da história, ele publica o seu primeiro livro.
A história tem inspirado muitos cineastas, entre eles Walt Disney, cuja animação de 1943 é bem conhecida.
COLLODI
O pequeno vilarejo de Collodi, desde então, tornou-se um destino turístico conhecido, como nome ligado sempre a Pinóquio.
A cidade possui duas atrações distintas, mas que no entanto, compartilham a característica de se misturar harmoniosamente com a paisagem toscana, e inspiram a imaginação dos visitantes com a fantasia da história e fábula que nunca termina.
O vilarejo segue a curva natural da encosta e é estreito, apenas duas ou três casas de largura. O caminho torce através do seu centro, que leva direto até a montanha, com voltas e escadas para facilitar o visitante.
No alto, fica a Pieve di San Bartolomeo, onde é possível ter uma vista maravilhosa.
Há pequena estrada ao longo do perímetro exterior, com estacionamento limitado ao longo do caminho.
A cidade possui 2 atrações principais, a Villa Garzoni e o Parque do Pinóquio. A Villa, com seus espetaculares jardins, que descem sinuosos a encosta. O avó de Carlo Collodi foi conservador da Villa e ele ia lá com frequência quando criança. As recordações queridas dessa cidade, com certeza, fizeram com que ele usasse Collodi como seu pseudónimo. E em 1956 a cidade decidiu retribuir dando o nome do parque ao personagem que fez a sua fama.
O parque do Pinóquio
É mais do que um parque de diversões, pois permite ao visitante caminhar através da história, seguindo caminhos alinhados com mosaicos, pequenas construções e estátuas de personagens da história do Pinocchio. As estátuas e outras obras de arte no parque são o trabalho de artistas italianos, tornando assim o parque um ótimo lugar de passeio para toda a família.
Graças ao então prefeito de Pescia, Rolando Anzillotti, em 1953, se realizou um concurso nacional para a construção do Monumento ao Pinóquio na época do aniversário da publicação do conto. Oitenta e quatro escultores responderam ao concurso, os vencedores então fizeram das suas peças parte do Parque do Pinóquio.
Em 1963 foi inaugurado o restaurante “l’Osteria del Gambero Rosso”, que quer dizer restaurante do camarão vermelho, que visto do lado de fora tem mesmo o aspecto de camarão, e possui ainda um espaço dedicado a exposições e laboratórios didáticos.
O parque é rodeado por vegetação mediterrânea, e por isso, em 1972 foi criado o “Paese dei Balocchi”, que é um caminho de pedra com 21 esculturas de bronze e aço que evocam todos os personagens da história do Pinoquio.
Em 1987, foi realizado “Laboratorio delle Parole e delle Figure”, onde ocorrem eventos e laboratórios para crianças e oficinas educativas. Desde 2004 foram criados ainda zonas para relaxar sob os carvalhos, e ainda você pode fazer um passeio em um dos carrosséis antigos, cuidadosamente restaurados por artesãos.
A visita:
Começamos a nossa visita no Parque Pinóquio no museu na entrada do parque, que abriga uma coleção de livros do Pinocchio em várias línguas e pinturas que tem ele como tema e outras obras de arte.
Ainda uma Biblioteca virtual sobre Pinocchio, onde há telas de touch screen para crianças e adultos poderem conhecerem os vários desenhos e obras de arte.
Logo de cara, a gente percebe, pelo mapa que fica bem na saída do Museu, que há um caminho temático seguindo a linha da história do livro, levando os visitantes por estátuas dos personagens na ordem em que aparecem no livro. Então, você pode viver de novo, o encontro de Pinóquio, com a raposa e gato, ouvir um conselho sábio do Grilo Falante (ele é conhecido como Grillo Parlante em italiano) e encontrar com a Fada do cabelo azul.
E você acha que eu fui com uma criança? Nada disso, nós viramos crianças! Eu e uma amiga, a Renata do Direto de Paris que estava aqui de férias fomos revivendo a nossa infância em cada esquina, encontramos Gepeto, andamos no labirinto, e como não podia deixar de ser, fomos engolidas pela enorme baleia!!!
Há ainda show de marionetes perto da entrada (apenas em italiano) todos os dias às 12 e às 16:00, e na área interna, o show do Pinóquio. Há também um laboratório de artesanato para as crianças, onde elas podem desenhar, pintar e colorir e até mesmo construir seu próprio chapéu de Pinóquio e nariz comprido.
Ainda, em agosto foi inaugurado um parque aventura, onde somente as crianças são bem vindas (imagina a cara das duas crianças grandes que não puderam ir) e que fica do outro lado do rio, portanto a aventura ja começa no atravessar o rio, sabe como? com uma tirolesa!
Eu recomendado caminhar pela trilha, passando pelas cenas do livro, o giro completo dura 20 min a pé, e vale a pena.
No geral, o Parque não é nada parecido com o que um brasileiro espera de um parque, porque ligamos a referência aos parques dos Estados Unidos, e não é absolutamente assim! Aqui o conceito é outro, é aprender e compreender a história do Pinóquio, e a sua mensagem, mas ao mesmo tempo divertindo a criança, e aguçando a sua imaginação. Nada de coisas muito tecnológicas e de efeitos especiais, é um parque diferente e você deve ter isso bem na cabeça antes de visita-lo.
Mesmo não sendo criança, eu me diverti e a Renata também, retornamos a nossa infância, um momento tão delicioso da nossas vidas que nos faz recordar a fantasia daquela época… e claro.. a face “nariguda” de todos nós! Ou vai me dizer que seu nariz nunca cresceu? hum…
« C’era una volta…
– Un re! – diranno subito i miei piccoli lettori.
No ragazzi, avete sbagliato. C’era una volta un pezzo di legno. »
(Carlo Collodi, incipit de “Le avventure di Pinocchio”)
Veja no final do texto uma seleção de fotos do parque.
Como ir?
- Carro:
– da autostrada A1 (Milano-Bologna-Roma-Napoli)
Firenze Nord –>A11 dir. Pisa Nord –> saída Chiesina Uzzanese –> Pescia Km5 –> Collodi km4
– da autostrada A12 (Genova-Versilia-Livorno-Rosignano)
Viareggio –> Bretella Viareggio-Lucca –> A11 Lucca-Firenze – saída Chiesina Uzzanese –> Pescia km5 –> Collodi km4 - ONIBUS:
– desde Florença -> pegue o trem para Pescia e depois ônibus de Pescia para Collodi ou (caso não seja horário adequado a este ônibus, pegue o que para na Ponte All’Abate)
– desde Pescia pegar o ônibus (circolare urbana) para Collodi – como o link dessa companhia de ônibus muda no inverno e no verão, e para deixar este texto sempre atualizado, eu coloco o link geral aqui – (clique em OrariLinee BluBus). Para saber qual é o ônibus que você deve consultar o horário procure as seguintes linhas e clique sobre elas – Pescia – Collodi
– desde Lucca para Pescia pegue o ônibus – E6, E20 e E21 e desça na parada-> Ponte all’Abate (1km de Collodi) - TREM:
de Florença, Lucca, e Montecatini Terme -> pegar trens para Pescia e dali pegar um ônibus (veja acima) - TAXI: número de telefone dos taxis de Pescia: tel. +39 – 335 494261 ou 339 7437380
- CARRO/VAN COM MOTORISTA: veja um orçamento com o nosso motorista AQUI.
Informações:
Me deu uma saudade agora…. Deyse, o texto está ótimo… Mínimos detalhes que me fizeram reviver a visita… Um beijo
Ei companheira de aventura, não vejo de você voltar viu? bjim
Linda indicacao
obrigada!